sábado, 17 de junho de 2017

Uma reflexão sobre a honestidade




Basta apenas ligarmos a televisão para que, em alguns minutos, em qualquer telejornal, acompanhemos mais um caso de corrupção. Desvio de verbas, acordos ilícitos, venda de interesses, lavagem de dinheiro, abuso de poder, tráfico de influências, contrabando, improbidades diversas. Um verdadeiro espetáculo de horrores que mostra as várias maneiras de “se dar bem” num país onde o “jeitinho brasileiro” é motivo de orgulho para muitos e a honestidade torna-se cada vez mais uma grande e rara virtude. Mas onde começa isso tudo?

Criamos rodinhas nas filas de bancos, nos ônibus, nas lanchonetes, e nos tornamos verdadeiros juizes. Aplicamos penas, falamos mal e nos revoltamos. Mas e nós, somos realmente honestos?

Corromper-se não diz respeito apenas a casos de favorecimento ilegal de alta escala ou que envolva muito dinheiro; muitas vezes, pequenas vantagens também corrompem os que se dizem acima do bem e do mal.

Por acaso você devolve o troco a mais que o caixa do supermercado passou num momento de distração? Você não leva pra casa e nem usa material público para fins pessoais da repartição em que trabalha? Não compra objetos roubados, piratas ou contrabandeados? Não tira carteira de estudante sem ser estudante? Não passa na frente numa fila porque tem um conhecido? Não compra ingressos mais baratos de cambistas? Não anda pelo acostamento num trânsito engarrafado? Não pega atestado médico sem estar doente para não trabalhar? Não faz gato de luz, água, TV a cabo? Não superfatura uma nota fiscal quando vai ser reembolsado? Não diminui a idade do filho para não pagar entrada, passagem ou hospedagem? Não suborna em ocasião nenhuma? Não registra bens com valor inferior para pagar menos impostos? Não fala pro seu filho: “- Faça isto que eu te dou aquilo”? Você avisa pro garçom que faltou um refrigerante que ele não contabilizou?

Essas e outras atitudes não parecem comuns do cidadão que acha que corrupção só existe na TV.

Temos que estar sempre atentos para que o crime e a injustiça não se estabeleçam em nossa sociedade, mas primeiramente temos que ser fiscais de nós mesmos e lembrarmos da máxima do Cristo: “Hipócritas, tirai primeiramente a trave do vosso olho, e então vereis como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão”.






Jean Charlles

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