sábado, 17 de junho de 2017

Pecado e vícios morais



Dizem que há uma receita simples para se cozinhar um sapo. Coloque-o em um pouco de água fria numa panela grande. Acenda o fogo e deixe esquentar devagar. Se colocar o sapo diretamente na água quente, ele pulará e sairá da panela; mas se a água for esquentando devagar, ele não vai perceber e acabará cozido. Claro, você não vai fazer isso, só citei essa receita aqui pra falar sobre um assunto que não parece, mas é sério.

O pecado e os vícios morais se tornam uma constante como a água na panela. No início parece estar tudo bem, que se tem um prazer inofensivo, uma fuga, um escape, e persistimos no comportamento que de maneira imperceptível vai se tornando um hábito.

Um choque de 220 volts pode levar à morte. Mas não só um grande choque pode ser fatal, mas uma pequena carga de energia pode levar à paralisação dos músculos, o sujeito não conseguirá se livrar com facilidade, e uma fração de segundo a mais pode paralisar o músculo do coração.
O eletricista amador corre muito risco por não saber ao certo os perigos da eletricidade. Ele sabe que um choque é ruim, mas ele sempre acha que pode se livrar do fio.

Com o pecado e os vícios morais não é diferente. As pessoas se atrapalham com eles por não saberem o poder paralisante que eles trazem para a alma. Quando se dão conta, percebem o tanto que os atos e hábitos viciosos e pecaminosos as prejudicam, até desejam abandoná-los, mas não conseguem se livrar do seu nocauteante poder de atração.

A melhor maneira de se livrar do pecado e dos vícios morais é cortando-o de uma vez e completamente. A abstinência vai fazer tremer e sofrer por uma semana, um mês, um ano, mas a libertação virá, e junto com ela a satisfação do autocontrole e a felicidade da vitória.

Mas tudo isso começa com uma decisão, esse é o primeiro passo. Decisão vem do latim decidere, que significa cortar, escolher um caminho com a eliminação de todos os outros. Depois disso, o segundo passo, é a oração. Peça a Deus que lhe conceda a graça e a sabedoria necessárias para morrer para aquilo de uma vez por todas. O terceiro passo é não mais fazê-lo. Não ir lá onde estava acostumado, não assistir filmes ou qualquer coisa que te leve ao pecado, mudar os hábitos colocando novos no lugar dos velhos. Com essa determinação, as coisas mudarão com certeza. Nada que adquirimos durante a vida é mais forte que nós mesmos e que o nosso criador. Nosso cérebro é plástico, nossas sinapses são reconectáveis e nossos hábitos são substituíveis.

Falo por experiência própria, me livrei de alguns, estou em processo de me livrar de outros. No mundo de maldades, enganos e ilusões em que vivemos essa é uma decisão quase impossível, e isso não quer dizer que seremos seres livres de todas essas fraquezas; mas uma coisa é errar, pecar, isso sempre vai acontecer; outra coisa bem diferente é viver deliberadamente em pecado, em erro.

E isso é um processo extremamente individual, deve ser feito com você, para você. Cada um sabe onde o seu calo aperta e cada um tem seu espinho na carne. Não caia na perversidade de querer mudar pecados e julgar outra pessoa que não seja você mesmo. Essa é uma busca pessoal e que deve ser feita para nossa própria felicidade.

Lembremos-nos das palavras de Paulo: “Não se deixe enganar... o que o homem semear, isso também colherá. Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição.” Gálatas 6:7,8.

Jean Charlles

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